Mulheres
MULHERES NA USP
Conferência Desigualdades de Gênero e Cor da Pele nas Áreas STEM com a Profª Drª Sônia Guimarães - IME USP
2º encontro: Evento híbrido, dia 1º/04, segunda-feira, à partir das 17h - Prédio da Reitoria (Rua da Reitoria, 374)
A partir desse diagnóstico, promovemos a Conferência:
"Desigualdades de Gênero e Cor da Pele nas Áreas STEM"
Conferência Presencial c/ transmissão pelo Youtube
Auditório Antonio Gilioli - Rua do Matão, 1010, Bloco A, 2º andar, no IME-USP (Instituto de Matemática e Estatística), Cidade Universitária/SP.
Professora Associada no Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA) e PhD em física pela Universidade de Manchester (Reino Unido), Sônia Guimarães é a primeira mulher negra doutora em física no Brasil, formada em 1989, título que a levou a se tornar professora do ITA quando o Instituto ainda não aceitava mulheres entre seus alunos, em 1993. Na ocasião, tornou-se também a primeira mulher negra professora na instituição, que é uma das mais tradicionais do Brasil. Natural de São Paulo (SP), atualmente vive em São José dos Campos, onde segue lecionando no ITA. Em maio de 2023, Sonia recebeu a Medalha Santos Dumont de Honra ao Mérito como uma celebração dos seus 30 anos de atuação no ITA. Em dezembro do mesmo ano, foi eleita pela Bloomberg Línea uma das 100 pessoas mais inovadoras da América Latina.
Que medidas podem ser pensadas para aumentar a proporção de mulheres docentes nesses campos de conhecimento e unidades da USP?
Em um dia tão importante para a causa feminina, o dia 08 de março, a Pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento, dirigida pelas Professoras Ana Lana e Miriam Debieux, e a Diretoria de Mulheres, Relações Étnico Raciais e Diversidades, coordenada pelo Prof. Rogério Monteiro, apresentou um panorama a partir dos dados:
- São quase 57 mil estudantes de graduação, pós-graduação, pós-doutorado, docentes e servidoras da nossa Universidade de São Paulo.
- Praticamente a metade da USP é feminina, totalizando 47% da população uspiana.
São recorrentes as falas que denunciam a assimetria de oportunidades na USP para as mulheres: mulheres têm mais dificuldades de acessar vagas de docentes, de ascender na carreira, de ocupar posições de poder e prestígio. Uma análise dos dados da USP revela que essas situações não incidem por igual em todas as unidades: em algumas unidades há mais problemas de acesso, em outras há problemas de ascensão, e em outras unidades não há grandes desequilíbrios de gênero neste aspecto. A partir desse diagnóstico, a série de encontros “Mulheres na USP: construindo estratégias de ação“ realizará debates dando voz a representantes de unidades específicas da Universidade e gestores, em busca de possíveis propostas de enfrentamento dessas questões. Os encontros serão relatados e sistematizados, resultando em um documento de referência que dará maior precisão aos problemas e como eles são percebidos pelas unidades na USP, e sugerirá estratégias para o enfrentamento das desigualdades de gênero identificadas.
Podemos ter algum tipo de horizonte pactuado em conjunto com as unidades, por exemplo em 5 anos?
Inscrições: https://forms.gle/jbbZL7JydgaH5KSL6
Neste primeiro encontro da série, elencou-se uma série de pontos que atrapalham o acesso das mulheres à carreira docente, e, esboçou-se possíveis saídas a esses problemas.
Acesso a carreira docente
A partir desse diagnóstico, promovemos o 1º encontro do Seminário:
"Mulheres na USP - Construindo estratégias de ação"
GRUPO FOCAL ACESSO
18/03, 17h - Prédio da Reitoria (encontro híbrido)
Inscrições: https://forms.gle/jbbZL7JydgaH5KSL6
Identificamos 7 unidades da USP com menos de 20% de docentes mulheres, o que sugere que as mulheres estejam em desvantagem em suas trajetórias acadêmicas e nos concursos de acesso à docência.
Que medidas podem ser pensadas para aumentar a proporção de mulheres docentes nesses campos de conhecimento e unidades da USP?
Neste primeiro encontro da série, elencou-se uma série de pontos que atrapalham o acesso das mulheres à carreira docente, e, esboçou-se possíveis saídas a esses problemas.
Ascensão na carreira docente
A partir desse diagnóstico, promovemos o 2º encontro do Seminário:
"Mulheres na USP - Construindo estratégias de ação"
GRUPO FOCAL ASCENSÃO NA CARREIRA
1º/04, 17h - Prédio da Reitoria (encontro híbrido)
Em algumas unidades da USP, os problemas de acesso são menores, mas ainda identifica-se problemas no progresso a carreira.
Que ferramentas e estratégias podem ser pensadas para permitir equidade na ascensão?
Neste evento realizamos o segundo debate sobre a questão das mulheres na USP. O objetivo dessa série de encontros é construir um conjunto de estratégias para melhorar o acesso, a ascensão e a permanência na carreira das mulheres na USP.
Nessa segunda edição, tratamos da ascensão na carreira a partir de Unidades onde há uma maior presença feminina, mas não nas posições mais altas.
- Em 18 unidades, não há nenhuma docente parda ou preta.
- Em algumas unidades as pesquisas indicam que o ambiente não é muito favorável à progressão das carreiras femininas.
- A questão da parentalidade e do assédio são grandes preocupações das alunas de pós-graduação.
Gostaríamos de ouvir, a partir da realidade específica de cada unidade, quais percalços as mulheres têm enfrentado em suas Unidades e que encaminhamentos podem ser feitos para resolvê-los.
Maioria feminina
A partir desse diagnóstico, promovemos o 3º encontro do Seminário:
"Mulheres na USP - Construindo estratégias de ação"
GRUPO FOCAL MAIORIA FEMININA
15/04, 16h - Prédio da Reitoria (encontro híbrido)
Inscrições: https://forms.gle/fSSLfBmL8j9mAjrc6
Os desequilíbrios de gênero não se dão apenas nas Unidades em que há poucas mulheres. Algumas Unidades da USP possuem mais de 60% de mulheres em seus quadros docentes. Este debate problematizará essa situação.
Em que medida essa composição reflete desprestígio de determinadas carreiras profissionais, tradicionalmente ocupadas por mulheres, ligadas ao cuidado, ao ensino fundamental? Há desconforto por essa situação? Ela interfere nas dinâmicas pedagógicas?
Queridas e queridos colegas da comunidade USP,
Em um dia tão importante para a causa feminina, o dia 08 de março, em nome da Pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento, dirigida pelas Professoras Ana Lana e Miriam Debieux, e da Diretoria de Mulheres, Relações Étnico Raciais e Diversidades, coordenada pelo Prof. Rogério Monteiro, saudamos as quase 57 mil estudantes de graduação, pós-graduação, pós-doutorado, docentes e servidoras da nossa Universidade de São Paulo.
Quando celebramos os 90 anos da fundação da USP, precisamos reconhecer o imenso trabalho de todas as mulheres que trouxeram a universidade até aqui, e que totalizam 47% da população uspiana. Praticamente a metade da USP é feminina.
É claro que, se olhamos com mais cuidado as pesquisas sobre a presença e as condições de trabalho das mulheres na USP, precisaremos reconhecer que por trás desses 47%, há MUITO ainda a ser feito.
Em todas as unidades da área de exatas, as docentes mulheres estão subrepresentadas. Em algumas, elas não chegam a 20%.
Na pós-graduação e nos programas de pós-doutoramento, as mulheres são metade da população uspiana, essa taxa cai para 37% no corpo docente. Entre titulares, somente 29% são mulheres.
Em 18 unidades, não há nenhuma docente parda ou preta.
Isso significa que, a despeito dos 47% de presença feminina, em alguns lugares da universidade, as mulheres não conseguiram entrar.
Em outros, as pesquisas indicam, o ambiente não é muito favorável à progressão das carreiras femininas. Conversando sobre essa questão com a professora Juliana Leme, da Pró-reitoria de Pós-graduação, a questão da parentalidade e do assédio são as grandes preocupações das alunas de pós-graduação.
Numa pesquisa sobre o bem-estar da comunidade USP, minha colega de PRIP, a Professora Cibele Russo mostrou que as servidoras docentes e não docentes reportam algum tipo de discriminação muito mais do que os homens. E que um dos grandes temas da discriminação é gênero.
Atenta a esses dados, a equipe da PRIP coordenada pela nossa pró-reitora Profª Ana Lanna, tem procurado responder a esses desafios em alguns projetos:
- A diretoria de mulheres, relações étnico raciais e diversidade, sob a minha coordenação, criou um programa de pós-doutoramento que acolheu 31 pesquisadoras negras,
- a Professora Ester Rizzi, minha colega de PRIP, desenvolveu com a AUCANI um programa de bolsas de estágios curtos na América Latina para estudantes mulheres,
- nos últimos meses, começamos a discutir em nossos seminários a questão da violência de gênero e do assédio.
Nos próximos meses, vamos dar especial atenção a alguns projetos:
De maneira articulada com as unidades, vamos organizar debates com três grupos focais para pensar medidas de enfrentamento às desigualdades de gênero na carreira docente. Queremos ouvir as colegas das unidades com baixa presença feminina, as colegas negras, aquelas das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Pensamos em conversar também com colegas em unidades onde a ascensão na carreira tem se mostrado complicada. Queremos aprender também com aquelas unidades onde há mais de 60% de mulheres docentes. Nossa pergunta é bastante concreta: como articular políticas de diminuição das desigualdades de gênero, que possam alcançar simultaneamente essas regiões, disciplinas e grupos da universidade? O que vocês têm a dizer sobre isso? Queremos saber!
Alguns protocolos de violência de gênero estão sendo desenvolvidos pela equipe, com a colaboração da área de direitos humanos da PRIP e colegas da universidade. Conjuntamente a esses protocolos, queremos colocar em funcionamento um sistema que registre dados sobre assédio e violências de gênero na USP de modo a guiar melhor nossas políticas futuras.
Por fim, queremos desenvolver cursos curtos para que nossos novos estudantes, chefias, docentes, funcionárias e funcionários sejam instruídos sobre como melhor proceder sobre o tema.
No nosso entendimento, mudar esses números e o ambiente de trabalho é fundamental. Tornar a nossa universidade mais acolhedora para as mulheres, sejam elas alunas, servidoras docentes ou não docentes, não é tarefa só de mulher é tarefa de todas e todos.
Criado em 2016, por meio da Portaria GR Nº 6766, o Escritório USP Mulheres tem como objetivo propor e implementar iniciativas e projetos voltados à igualdade de gênero no âmbito da Universidade de São Paulo. Para tal finalidade, o Escritório é responsável pela coordenação do relacionamento entre a administração da Universidade, a comunidade de docentes, discentes, servidores técnicos administrativos, e o público em geral que frequenta os campi da USP.
Desde o final de 2019, o trabalho do Escritório USP Mulheres é estruturado em três áreas de atuação: Programas, Pesquisas e Comunicação. A área de Programas dedica-se a elaborar, articular, implementar e acompanhar ações concentradas em dois eixos de atuação: o enfrentamento à violência de gênero e a promoção da igualdade de gênero na USP. A área de Pesquisas dedica-se a produzir conhecimento sobre os temas trabalhados pelo Escritório de duas maneiras: organizando as informações pré-existentes no âmbito na Universidade e realizando novas pesquisas. A área de Comunicação, finalmente, concentra-se nas atividades de construção de materiais de cunho educativo, gestão dos canais de comunicação e organização de eventos.
Além de tais atividades, o Escritório USP Mulheres conduz a parceria com a ONU Mulheres referente ao programa ElesPorElas (HeForShe, em inglês). A USP foi a única universidade latino-americana convidada a fazer parte do projeto-piloto Impacto 10x10x10, que visa atingir dez países, dez empresas e dez universidades ao redor do mundo, para desenvolver iniciativas e advogar pela igualdade de gênero. Dessa forma, mantém contato frequente com as demais nove universidades internacionais para compartilhar desafios, experiências e planejar as próximas ações.
Para saber mais, acesse: uspmulheres.usp.br