Sistema USP de Acolhimento, Registro e Responsabilização para Situações de Assédio, Violência, Discriminações e Outras Violações de Direitos Humanos

O SUA busca criar um sistema de escuta e acolhimento que possa apoiar toda a comunidade USP. Ele tem por objetivo proteger a pessoa denunciante, garantindo-se o contraditório e a ampla defesa das partes nos procedimentos.

Para isso, o sistema está organizado em dois momentos:

1) a escuta e o acolhimento da pessoa denunciante;

2) a instauração de procedimentos administrativos que deem resolução à denúncia com agilidade.

Para que o SUA seja, de fato, um sistema de acolhimento é necessário que as duas etapas do sistema funcionem e tenham a confiança da comunidade USP. A escuta, que pode ser realizada por todas as pessoas, deve ser qualificada e respeitosa. Os eventuais e necessários procedimentos administrativos devem ser céleres, com respeito e cuidado com as pessoas denunciantes. 

Nesse sentido, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, apoiada pelas Comissões de Inclusão e Pertencimento (CIPs) das unidades, criou a Central SUA, um canal de orientação, esclarecimento de dúvidas sobre encaminhamentos e procedimentos possíveis, disponível pelos canais a seguir:

TELEFONE

SEU CANAL DE ESCUTA
(11) 3091-5001
  • Segunda a sexta (8h às 17h)

E-MAIL

ENVIE SUA MENSAGEM
  •  

FORMULÁRIO

ENVIE SUA MENSAGEM
  •  

 

Além disso, serão realizadas também oficinas de formação envolvendo todas as pessoas interessadas, num amplo processo de letramento da comunidade USP. As campanhas contra assédio já existentes seguem presentes no cotidiano dos espaços da Universidade. Por meio desse processo educativo e transformador, busca-se garantir um espaço acadêmico seguro e inclusivo para todas as pessoas. 

As normativas do SUA foram estabelecidas no ano de 2024, com vigência a partir de 2025.

A seguir, a PRIP disponibiliza alguns recursos de formação, orientações para situações de emergência, recomendações para acolhimento inicial e mais detalhes sobre a Central SUA.

Como realizar o acolhimento de uma pessoa vítima de assédio ou violência?
O SUA tem como um de seus fundamentos o conceito de “múltiplas portas”, ou seja, qualquer pessoa ou órgão da comunidade universitária deve estar apto a realizar a primeira escuta nesses casos.
Nessa primeira conversa, que em geral acontece entre a pessoa denunciante e alguém de sua confiança, escuta-se sem julgamentos, dando crédito ao que é dito, sem duvidar ou apurar fatos e autoria.
Deve-se respeitar o ritmo e os limites de quem narra.
É fundamental garantir a segurança da pessoa que sofreu a violência e avaliar eventuais riscos.
Deve-se perguntar quais são as necessidades da pessoa: “Como podemos ajudar?”
Ainda nesse contato, devemos sugerir possibilidades de encaminhamentos ligados à assistência à saúde física e mental,
além de adaptações nas atividades acadêmicas, medidas de segurança pessoal e reparação de danos materiais, e também encaminhamentos a hospitais ou delegacias.
Ou seja, deve-se referir a serviços e procedimentos que possam apoiar essas necessidades dentro e fora da USP.
O acolhimento deve ser feito em um local que garanta a privacidade. Evite interrupções, não faça anotações durante o relato e mantenha sigilo absoluto. Ofereça apoio emocional, como lenços de papel e um copo d’água, se necessário.
Gênero, raça, classe e orientação sexual da pessoa que acolhe são importantes. Idealmente, a pessoa poderia escolher o gênero de quem vai escutá-la. Preferencialmente, devemos escutar em duas pessoas.
Muitas vezes, uma conversa é suficiente para estabelecer um plano de ação. Caso a pessoa não saiba que decisão tomar, deixe aberta a possibilidade de um novo encontro.
Se o relato for difícil para você ouvir, admita. Você pode pedir ajuda a colegas, na PRIP ou no Programa ECOS.
O registro do atendimento é fundamental – ainda que não obrigatório. Ele deve ser feito em um formulário específico, e as informações serão mantidas em sigilo, auxiliando a Universidade a mapear e agir sobre o problema.
Acolher é cuidar. Escutar é o primeiro passo para transformar, num processo educativo que visa garantir um espaço acadêmico seguro e inclusivo para todas as pessoas.
Anterior
Próximo


Os responsáveis pelo acolhimento inicial podem ser docentes, estudantes, servidores técnico-administrativos, assistentes sociais, psicólogos do Programa ECOS
, Comissões de Ética ou de Inclusão e Pertencimento, coordenações de curso, direção de unidades, ouvidoria… Enfim, uma pessoa de confiança para a escuta, registro do relato do caso (realizado por qualquer pessoa com número USP ativo) e conhecedora das possibilidades de encaminhamento – no âmbito da saúde física ou mental, segurança pessoal e jurídica, atividades acadêmicas etc.

A escuta poderá auxiliar a pessoa a refletir sobre as possibilidades a seguir. Inclusive, na transformação do relato em denúncia — que deverá ter um/a denunciante identificado/a. A denúncia implica a constituição de um procedimento administrativo, que pode começar com uma apuração preliminar e, eventualmente, dar origem a uma sindicância punitiva ou a um processo administrativo disciplinar.

Orientações para emergências

Em situações de emergência como estupro, riscos de morte, de suícidio, pode ser necessário acionar prontamente meios para a proteção das vítimas em potencial. As providências envolvem suporte emocional, apoio médico e policial.

A seguir, você encontra uma lista de equipamentos de saúde, delegacias e outros serviços de referência para ação imediata. Os recursos estão agrupados por campus.

Relatos e denúncias - Central SUA

A Central SUA, vinculada à Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, é uma instância de escuta e encaminhamento. Ela atua em conjunto com as Comissões de Inclusão e Pertencimento (CIPs) das unidades. Após o recebimento da informação, a Central SUA tem 72h para apoiar o encaminhamento do caso pelas CIPs ou junto à PRIP.

A equipe da Central SUA atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Você pode entrar em contato pelo telefone, e-mail ou formulário a seguir:

TELEFONE

SEU CANAL DE ESCUTA
(11) 3091-5001
  • Segunda a sexta (8h às 17h)

E-MAIL

ENVIE SUA MENSAGEM
  •  

FORMULÁRIO

ENVIE SUA MENSAGEM
  •