Nas últimas semanas, foram observados na Universidade de São Paulo atos de discriminação e apologias a movimentos da extrema direita nazista cuja subsistência, em pleno Século XXI, não só é lamentável como preocupante. Suásticas pichadas nas dependências de movimentos estudantis e em espaços tradicionais na defesa de direitos humanos, como a Faculdade de Direito, evidenciam que a firme defesa de princípios como a tolerância e a igualdade racial não é, e infelizmente talvez nunca venha a ser, desnecessária ou adiável. Nas palavras de Martin Luther King, uma injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares, e o que afeta a um diretamente, afeta a todos indiretamente. Por esses motivos, tão logo ciente dos episódios referidos, a Reitoria instaurou procedimento investigativo, tendente a apurar as circunstâncias e responsabilidades de atos tão incompatíveis com os valores plurais da USP, e vem a público reafirmar seu compromisso inarredável de defesa dos direitos humanos e da inclusão na gestão da Universidade.
